O ALEVINO NA CRECHE - 2ª PARTE

UAAAAAAAAAAHHHH!

Finalmente de volta... sou eu mesmo, o Alevino (Alevim Leviano), será que me conseguem reconhecer no meio dos meus irmãos?

Hum, pois é dificil, mas não faz mal, aqui fica uma panorâmica do nosso infantário, e esta foi a última vez que o vimos...

...tivemos de mudar para um aquário maior, com areia fininha do rio porque gostamos muito de enterrar o focinho à procura de comida, temos uns barbilhos muito sensíveis e é com eles que conseguimos encontrála, se o fundo do aquário tivesse pedras ponteagudas poderíamos acabar por os danificar... ninguém quer isso!

Também ficámos a conhecer novas amigas, as Ampulárias, se quiserem saber mais sobre elas terão de esperar pela 3ª parte... este Blog é muito didáctico, mas não se esqueçam que sou eu que o escrevo... e como sou um pouco leviano, por vezes também me engano, como na primeira parte, dizia que gostava da temperatura a 27º, afinal já emendei, é entre 24º e 26º, tenho desculpa, não regulo lá muito bem...

Eramos mesmo muitos e as Ampulárias quase enlouqueceram, não parávamos de as atentar, foi muito divertido, o pior foi quando elas decidiram ficar com as nossas pastilhas de fundo, quando eram coladas aos vidros, sempre alguma tinha a infeliz ideia de se apoderar dela e quando se deitam lá em cima... não há alevim que as tire!

Como crescíamos a olhos vistos, alguém se lembrou de nos fazer uns esconderijos em barro, era engraçado ficar escondido lá dentro, o aquário parecia vazio, depois vinha a comidinha e era ver o pessoal todo a nadar de um lado para o outro...

Um dia fomos contemplados por um aquário a sério, com um fundo pintado, e plantas, é muito importante ter plantas, Fetos de Java e Valisnérias, são excelentes para nos escondermos, no centro tinha um tronco oco, também feito em cerâmica, com musgo de Java agarrado e uma Anúbia pequenina.

Infelizmente cada vez eramos menos, íamos mudando para os aquários de outras pessoas, mas fomos sabendo que os nossos irmãos são todos bem tratados e estão de boa saúde...

Ao fim de algum tempo acabámos por ficar apenas 6 de nós, eu e mais 5 irmãos, é o mínimo que se deve ter em cardume, foi pena não sermos mais, mas acho que nem estávamos nos planos por isso foi bem bom, um novo aquário estava para chegar, a ideia era fazer dois andares num mesmo aquário, porque como somos peixes de fundo a altura da coluna de água não é o mais importante mas sim a área de fundo...

Esta ideia permitiu-nos ter o espaço de baixo com areia e cavernas feitas em barro para nos escondermos e por cima um belo jardim cheio de plantas... Aqui este maiorzinho sou eu com dois dos meus irmãos e uma das 7 Corydoras Sterbai... que ciúmes, elas é que faziam parte do plano, mas agora estamos juntas e damo-nos todas muito bem...

As Sterbay são mais timidas que nós... ficam escondidas nas cavernas até lhes cheirar a comida...

ou então se lhes dá a fome, formam uma fila indiana à espera, mesmo por baixo da "queda" de água, também nadam por ali mas só quando não sentem barulho lá fora...

...eu então não tenho vergonha nenhuma, sou aquilo a que se chama uma verdadeira Aeneus Bronze, passo a vida a explorar este belo aquário, quero lá saber das cavernas, o que mais gostamos é mesmo de "correrias"...

Apresento-vos outros amigos que partilham connosco este aquário o 3D-Duplex, são 3 camarões Red Cherry, aqui está o mais atrevido...

... e 3 Ampulárias, duas estão a subir o vidro e a azul está a percorrer a espiral, é giro porque passa a vida nisso, acho que está a tentar chegar lá ao fundo, coitada, nem se apercebe que aquilo é infinito, num outro Universo... vai levar uma Eternidade até conseguir!

Estava demorada esta 2ª parte, ficaram a saber que nos andamos a divertir imenso... da próxima vez vou falar-vos das Ampulárias, mas vão ter de esperar, temos de andar aqui dum lado para o outro e não é fácil arranjar tempo para tudo, não somos como vocês, nós temos mesmo muito que fazer, nunca se esqueçam que as Corydoras não são "limpa-fundos" nós não usamos vassouras nem comemos porcarias, apenas aproveitamos a comida que os outros peixes deixam chegar cá abaixo, por vezes terão mesmo de providenciar comida própria se nos quiserem ver saudáveis e activas.

A ajuda que vos damos é não deixar essa comida a estragar-se no fundo, aproveitamos para remexer aqui e ali permitindo assim que os detritos sejam levantados e recolhidos pelos filtros.

Parem de dizer que precisam de nós para comer "detritos", ficamos muito ofendidas...

Somos peixes... não somos caixotes do lixo...

Como viram há quem goste tanto de nós que até seja capaz de dispensar qualquer outro peixe, embora facilmente aqui pudessem ser mantidos... a isto chama-se verdadeiro Amor pelas Corydoras!

Adeus a todos e até breve...

Alevino Leviano